De autoria do vereador Marcos Cannor (União), o projeto de lei nº 3, de 28 de março de 2023, foi aprovado, na noite dessa terça-feira, 6. A via pública que tem seu início no encontro do final da Avenida Rio de Janeiro com a Rua Francisco Machado Lobo, seguindo por uma extensão de aproximadamente 1.300m, cruzando a Rua Chico da Marvina e terminando seu projeto no encontro com a Rua Joel de Souza, passará ser denominada “Rua Darseto Dias”.
Senhor Darseto Dias, conhecido como Senhor Donizete, era filho de Eugênio Dias e Aparecida Feliciana da Silva, natural de Reginópolis-SP.
Sua história é um exemplo de vida, aos cinco anos de idade teve Poliomelite, que afetou o desenvolvimento e a movimentação de suas pernas e, até os oito anos de idade, somente se locomovia, arrastando-se com as mãos e os joelhos.
Donizete completou o segundo ano do primário e nunca mais pode estudar, pois seu pai mudou-se para a zona rural da cidade de Mogi das Cruzes. O artesão trabalhou cortando árvores com machado no chão.
Chegou em Santa Isabel em 1967, onde casou-se com uma paranaense e teve dois filhos, Kaleb e o outro que faleceu com apenas 60 dias. No entanto, foi seu filho adotivo Washington Luiz, que aprendeu o oficio de seu pai.
O homenageado trabalhou na Karibê e logo se aposentou. A partir de então, por curiosidade e por distração, passou a talhar madeiras, passava meu tempo folheando revistas, em especial revistas de animais, já que sempre gostou de trabalhar e sua deficiência nunca foi empecilho para nada.
Como artesão, o Sr. Donizete, passou a esculpir animais em madeira, onde seu carro chefe era o carrinho de boi, símbolo este que faz parte das raízes culturais de Santa Isabel, que, nos seus primórdios, foi considerada “cidade rota de carreiros de bois”-transportadores de mercadorias rurais vinda do Sul de Minas e Vale do Paraíba rumo a Capital Paulista.
As madeiras utilizadas para suas obras eram doações ou achadas na beira da represa. Em 2018, recebeu o título de Cidadão Isabelense, devido ao seu destaque através de suas artes que retratavam bastante a cultura isabelense.